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o silêncio como revolução

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Em uma sociedade que idolatra a velocidade e a eficiência, o antigo ditado Zen nos oferece uma perspectiva contracorrente:

“Você deve sentar-se em meditação por 20 minutos por dia – a menos que esteja muito ocupado; então você deve sentar-se por uma hora.”

Este ensinamento, embora revestido de simplicidade, carrega uma profunda sabedoria, especialmente relevante nos dias atuais.

A frase nos desafia a repensar nossa relação com o tempo e a ocupação. Sutilmente, sugere que quanto mais imersos estamos em nossas tarefas e responsabilidades, mais crucial se torna dedicar um momento para a introspecção e a calma. A meditação, longe de ser um luxo ou um mero passatempo, emerge como uma necessidade vital para manter nossa saúde mental e emocional em meio ao turbilhão de demandas diárias.

Esta prática, portanto, não é apenas um retiro temporário do mundo exterior, mas uma forma de reencontrar o equilíbrio e a clareza. Em uma era onde o “estar ocupado” é frequentemente visto como um símbolo de status, a meditação nos lembra de que a verdadeira riqueza reside na capacidade de estar presente e em paz consigo mesmo.

Assim, o ditado não fala apenas sobre a importância de reservar tempo para a meditação, mas também sobre a necessidade de priorizar nosso bem-estar e consciência, especialmente quando nos sentimos sobrecarregados. Ao incorporar essa prática em nossas vidas, não estamos apenas nos dando um tempo de descanso; estamos, na verdade, cultivando uma presença mais profunda e significativa no mundo. Em meio à incessante busca por produtividade, escolher se sentar em silêncio e contemplação é um ato poético de reivindicação da nossa essência e humanidade.